domingo, 31 de maio de 2015

Atividades - Leitura dos mitos em casa e debate em sala.






O Livro de Ouro da Mitologia - Thomas Bulfinch

A guerra de Tróia, Hércules, Minerva, Midas, as divindades rurais, a mitologia oriental e nórdica são alguns dos temas encontrados nessa obra.

Leia o livro sempre que puder e escolha o mito que você mais tenha se identificado para a nossa roda de leitura na próxima aula.

Segue abaixo o link para visualização ou download.

http://filosofianreapucarana.pbworks.com/f/O+LIVRO+DE+OURO+DA+MITOLOGIA.pdf

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Texto 2 - Mitos: A beleza ea força de narrativas através dos tempos.

          Somos sers marcados pela capacidade de usar a razão, mas tambémpela capacidade de imaginar. Ao longo da História, produzimos saberes com valor científico e outros inventados, sem nehuma possibilidade de comprovação, mas nem por isso menos válidos como forma de conhecer valores e crenças de grupos sociais. Assim, nasceram os mitos: narrativas com que diferentes povos buscaram compreender e explicar aspectos da vida. Na Grécia Antiga, civilização que marcou diversas culturas, criaram-se belíssimas histórias de deuses, homens, amores, desafios e tragédias...               Se hoje já não há crença nos deuses que moravam no Olimpo e que de lá podiam governar o destino dos homens, a força dessas histórias permanece, provocando nossas emoções, curiosidades e reflexões. Não é à toa que as diferenças artes continuam revisitandoa mitologia grega.

Observe a seguir algumas manifestações artísticas conteporâenas.

Eu hoje joguei tanta coisa fora
Eu vi o meu passado passar por mim
Cartas e fotografias gente que foi embora
A casa fica bem melhor assim
O céu de Ícaro tem mais poesia que o de Galileu
E lendo teus bilhetes, eu lembro do que fiz
Querendo ver o mais distante e sem saber voar
Desprezando as asas que você me deu
Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares,
Mas de bailarinos
E de você e eu
Eu hoje joguei tanta coisa fora
E lendo teus bilhetes, eu lembro do que fiz
Cartas e fotografias gente que foi embora
A casa fica bem melhor assim
Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares,
Mas de bailarinos
E de você e eu
Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares,
Mas de bailarinos
E de você e eu.
Composição: Herbert Vianna
No link abaixo a música.
https://www.youtube.com/watch?v=EFvjK9BYCc8&hd=1

Voar... voar

rei Minos, em tempos que já vão longe, mandou prender em uma torre o arquiteto Dédalo – construtor do célebre Labirinto de Creta – e seu filho Ícaro.
         A torre dava, de um lado, para o mar, onde navios armados guardavam as águas, e de outro lado, para a terra, onde um exército vigiava a torre. A fuga dos prisioneiros era impossível.
         Dédalo pensou:
         - O rei Minos controla a terra e o mar, mas não pode controlar os ares. Hei de fugir pelos ares com meu filho.
         Dédalo era muito engenhoso e, assim, decidiu fazer dois pares de asas: um grande, outro pequeno. Se bem pensou, melhor executou. Seu trabalho foi penoso porque o menino Ícaro, sempre irrequieto, ora soprava as penas, ora derrubava a cera com que o pai armava as asas. Trabalhando com persistência, Dédalo conseguiu terminar a tarefa.
         Que lindas asas! Dédalo experimentou as suas, soergueu-se, manteve-se no ar. Depois, como um pássaro ensina ao filhote os primeiro voos, exercitou o filho no manejo das asas. [...]
         Dédalo fez as últimas recomendações:
         - Ícaro, meu filho, mantém-te sempre em altura equilibrada; Não voes muito baixo, porque a umidade das águas próximas pode fazer melar tuas penas, nem suba alto demais, porque o sol pode derreter a cera e desmanchar as tuas asas.
         Dédalo beijou o filho, e ambos saíram voando.
         O pai ia um pouco à frente para dar coragem a Ícaro, mas volvia sempre a cabeça a fim de verificar se o menino se mantinha com segurança. Voavam... voavam...
         No fim de algum tempo, o pequeno Ícaro sentiu-se dono dos ares... e tentou um voo mais alto como se quisesse alcançar o céu! Dédalo perdeu de vista o filho.
         Pouco depois as penas de um parzinho de asas boiavam nas águas do mar... E um pai, aflito, gritava:
         - Ícaro! Ícaro! Onde estás?

Adelaíde  Lisboa de Oliveira. Histórias que ouvi contar. São Paulo.


Questionário (Faça no caderno)

1) O que Dédalo buscava com a construção das asas?

2) O que Ícaro buscou com suas asas?

3) Que cena anuncia no texto  implicitamente a morte de Ícaro?

4) Muitos leem esse mito como uma lição de moral a ser tirada pelos mais jovens. Qual seria?

5) Outros prefertem ler nesse mito uma representação de características  tipicamente humanas. Quais seriam elas?

6) E para você, o que esse mito diz hoje?

terça-feira, 12 de maio de 2015

Gêneros da antiguidade clássica.

INTRODUÇÃO

O termo gênero é utilizado nas diferentes formas de arte, para denominar um conjunto de obras que apresentam características análogas de forma e conteúdo. De acordo com a concepção clássica (Arte Poética, de Aristóteles), os gêneros se dividem em três categorias básicas: o épico, o lírico e o dramático. Atualmente, também se organizam os textos literários em três gêneros: narrativo, lírico e dramático.

NARRATIVO

A Ilíada que narra a guerra de Troia.
A Odisseia de Ulisses para voltar para casa.
Os longos poemas narrativos, em que um acontecimento histórico protagonizado por um herói é celebrado, são chamados de épicos ou epopeias. As obras épicas mais importantes para a literatura ocidental são a Ilíada e a Odisseia (século VIII a.c.), cuja autoria é atribuída a Homero. A estrutura desses poemas serviu de base para outras como a Eneidade Virgílio e Os Lusíadas de Camões. O objetivo do último é exaltar a bravura do povo lusitano, representado por Vasco da Gama.







Ao longo dos séculos, o conceito do poema épico se transformou para acomodar as mudanças sociais e políticas por que passaram as sociedades. No século XVIII, os poemas narrativos entraram em declínio e surgiu a narrativa em forma de romance.
Na narração, há a presença de um narrador, aquele que conta uma história, ações que se desenvolvem em uma sequência narrativa com personagens que atuam em um determinado espaço e tempo. Visto assim, a “epopeia” moderna é a luta do homem comum para construir sua identidade e sobreviver em uma sociedade que oprime o indivíduo em nome dos valores coletivos.
LÍRICO

A poesia lírica é uma forma de atender ao anseio humano de expressão individual e subjetiva, diferente das epopeias que divulgavam os ideais e valores que organizavam a vida na polis (em grego, cidade ou estado). Além de expressar sentimentos e emoções, no texto lírico há predominância de pronomes e verbos na 1ª pessoa e a exploração da musicalidade das palavras.
Desde o surgimento da lírica, várias foram as estruturas utilizadas na composição de poemas. São elas:
elegia – poema surgidona Grécia Antiga que trata de acontecimentos tristes, enfocando a morte de um ente querido ou de alguma personalidade pública;
ode – exalta valores nobres – tom de louvação;
écloga – poema pastoril que retrata a vida bucólica dos pastores (séculos XVI e XVII);
soneto – forma mais conhecida. Poema de 14 versos, organizados em 2 estrofes de 4 versos (quartetos) e 2 estrofes de 3 versos (tercetos).

Intertextualidade: Poesia medieval com rock nacional? É possível essa mistura? 
http://letras.mus.br/legiao-urbana/46948/

Legião Urbana por Legião Urbana, acesse:
https://www.youtube.com/watch?v=hicQi_LTM2s

DRAMÁTICO

Segundo Aristóteles (Poética), o termo drama faz referência ao fato de, nesses textos, as pessoas serem representadas “em ação”. Textos dramáticos são produzidos para serem representados, a voz narrativa está entregue às personagens que contam a história por meio de diálogos ou monólogos. Não há mediação do narrador.

Na Idade Média, havia duas modalidades dramáticas: o auto – peça curta, em geral, de cunho religioso; a farsa – envolvia situações grotescas ou ridículas. 
Édipo Rei de Sófocles - Exemplo de tragédia.
O Auto da Compadecida de Ariano Suassuna - Exemplo de comédia.
É importante lembrar que o fim da Idade Média traz para o teatro um período de intensa atividade. Por exemplo, na Inglaterra, William Shakespeare escreveu várias peças que se transformaram em clássicos do teatro universal. Uma das tendências da nossa época é a mistura de gêneros. Tanto encontramos textos que introduzem sequências narrativas na poesia, quanto textos que usam procedimentos da poesia na prosa.
A seguir, um exemplo de um poema narrativo de Manuel Bandeira:


POEMA TIRADO DE UMA NOTÍCIA DE JORNAL
João Gostoso era carregador de feira-livre e morava
no morro da Babilônia num barracão sem número.
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e
morreu afogado.