domingo, 5 de abril de 2015

Temas transversais - Gravidez na adolescência com os gêneros notícia/reportagem.

Adolescentes engravidam para segurar os parceiros

“Muitas adolescentes ficam grávidas porque querem segurar o parceiro ao seu lado. Ao contrário do que as pessoas pensam, apenas uma pequena fração engravida por acidente”. A afirmação é da pediatra e coordenadora do Programa de Planejamento Familiar da Secretaria Municipal de Saúde, Edith Di Giorgi. Segundo ela, a principal meta das ações de prevenção à gravidez é atingir as menores de idade. No ano passado, foram registrados em Sorocaba 36 casos de garotas grávidas antes dos 15 anos de idade.
Edith acredita que, na adolescência, as jovens não possuem a bagagem necessária para criar uma criança. “Quando a gravidez ocorre nesse momento, a adolescente tem de aprender a cuidar de um bebê em um período em que ela mesma ainda precisa de cuidados”.
A pediatra explica que no programa pré-natal da rede pública são feitas entrevistas com as adolescentes grávidas. “Invariavelmente, descobrimos que o motivo que levou à gravidez está ligado à falta de perspectiva, sensação de invisibilidade perante os familiares ou mesmo como uma tentativa de fuga de uma vida difícil”,
Muitas garotas, segundo Edith, enxergam na construção de sua própria família – com a criança e o parceiro – a chance de deixar para trás as dificuldades na relação com os pais. “Elas idealizam o filho como uma boneca. Na verdade, com as crianças vêm as responsabilidades que não haviam sido previstas pelas jovens”.
Índice apresenta queda desde 2000
Desde o ano 2000, Sorocaba vem conseguindo reduzir ano a ano os casos de gravidez entre jovens com idade de 12 a 19 anos – fase avaliada como adolescência nas pesquisas da Secretaria Estadual da Saúde. Enquanto em 2000 as jovens sorocabanas dessa faixa etária representavam 20% do total de gestantes na cidade, em 2006 esse índice caiu a 16,5%.
Em 2000 foram 1.760 sorocabanas grávidas entre 12 e 19 anos. O número se reduziu a 1.282 no ano passado. Enquanto em 2000 engravidaram 57 adolescentes com menos de 15 anos, em 2006 foram 36. No mesmo período, a população da cidade cresceu 14%, passando de 492.245, para 572.459 habitantes.
Para Edith Di Giorgi, os números são muito positivos. “Mesmo com uma população bem maior, estamos reduzindo as gestações entre as jovens. Isso mostra que elas estão usando métodos anticoncepcionais para se prevenir em suas relações”.
A médica pediatra destaca que enquanto em Sorocaba as gestantes jovens representam atualmente 16,5% do total de grávidas, no Estado de São Paulo e no Brasil o índice médio é superior a 20% do total de gestantes.
Aos 14 anos, Maiara, mãe de Lana, se considera só
Maiara tem 14 anos de idade e há 10 dias se tornou mãe de Lana, que nasceu com 2,2 quilos. Separada do pai da criança – que é maior de idade e vive em outra cidade – ela está internada em uma clínica destinada a usuários de entorpecentes.
Maiara conta que seu envolvimento com as drogas começou diante do afastamento dos pais. Ao conhecer o pai de sua filha, iniciou a vida sexual sem jamais utilizar métodos anti-concepcionais. A gravidez foi descoberta depois de dois meses de relações sexuais sem proteção. “Eu nunca procurei evitar. Sabia que podia acontecer, mas não era uma coisa que me fazia parar para pensar. Eu amava meu namorado e sempre pensei que, se viesse a engravidar, não seria algo ruim para mim, alguma coisa que me fizesse mal”.
Desempregada, Maiara planeja passar mais um ano internada na clínica, mas ainda não sabe se o relacionamento com o pai de sua filha tem futuro. “Agora, estou sozinha no mundo. Gosto dos meus pais, mas para a casa deles não volto porque não tenho bom relacionamento com minha tia. Vou viver um dia por vez e ir pensando o que farei daqui em diante”. Sobre o dia-a-dia com a filha, a garota se mostra surpresa. “Pensei que fosse mais fácil cuidar”.
Final feliz
A auxiliar de escritório Ariana Castilho, 23, ficou grávida aos 17 anos, depois de namorar desde os 13 com George. Apesar da gravidez ter sido acidental, o casal decidiu se casar. Eles permanecem juntos e felizes até hoje, ao lado do filho João Guilherme, que tem 6 anos.
“Quando soubemos, ficamos apreensivos sobre a maneira de contar aos nossos familiares. Meus pais chegaram a dizer que não precisávamos nos casar, mas sabíamos bem o que queríamos”, conta Ariana. Ela revela que, além de forçar o amadurecimento precoce, a gravidez mudou o rumo de sua vida. “Em razão da maternidade, abri mão dos planos para me dedicar ao meu filho. Foi um divisor de águas na vida”, revela.
Meta é fazer jovem ter projeto de vida
Edith Di Giorgi afirma que a Secretaria Municipal de Saúde está colocando em prática junto às escolas da rede pública abordagens que motivem os adolescentes a refletirem sobre as mudanças resultantes de uma gravidez na adolescência. “Não adianta fazermos campanhas autoritárias e moralistas. Temos de fazer o jovem pensar sobre o que quer para si. A intenção é incentivá-lo a fazer projetos para sua vida”.
Edith acredita que a chance de crianças planejadas serem amadas por seus pais são muito maiores. “Os jovens querem estudar, se formar, ter um bom emprego e uma vida confortável. Queremos que eles entendam que, na vida real, uma gravidez é um projeto que deve ser pensado cuidadosamente”.
Território jovem
No Jardim Ipiranga já está funcionando o primeiro consultório ginecológico voltado para adolescentes fora dos centros de saúde de Sorocaba. Edith explica que a idéia surgiu de uma necessidade. “Percebemos que muitas adolescentes não se consultavam nos centros de saúde porque não queriam que seus pais ou conhecidos soubessem que elas têm vida sexual ativa”.
Com o novo consultório, dezenas de adolescentes têm procurado semanalmente informações sobre métodos anti-concepcionais.
Fonte: Bom dia Sorocaba.
Falta de perspectiva
Sensação de inivisibilidade
fuga de uma vida difícil
Interpretação do texto
Leia e responda em seu caderno. Faremos uma roda de leitura sobre o assunto em sala.
1) Além desses três motivos mencionados acima, o texto é iniciado com a citação de outra justificativa. Qual?
2) De que forma a médica entrevistada chegou a conclusão nessa reportagem?
3) Você acha que essas informações  levantadas na cidade de Sorocaba podem valer  para o resto do país? Por que?
4) Os motivos apresenados correspondem àqueles  que você se seus colegas imaginariam antes de ler o texto?
5) Leia a afirmação de outro médico pesquisador sobre os motivos que levam adolescentes a engravidar.
Acredito que isso aconteça [...] pelo que chamamos de pensamento mágico das adolescentes. A dimensão temporal, a atitude não são racionalizadas. Fica uma coisa meio mágica. Isso não deve acontecer comigo. Eu sou muito novinha...
Quando ela fala isso (muito novinha), está dizendo que para ela esse tipo de coisa de ficar grávida numa relação só acontece com mulheres adultas. E não se considera omo tal.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/gravidez_precoce-entrevista.shtml
a) segundo o médico, o que seria esse pensamento mágico das adolescentes?
b) Você concorda que esse pode ser outro motivo que leva algumas adolescentes a engravidar? Por quê?
6) E os garotos? Por que você acha que eles também não se previnem contra uma gravidez indesejada?
7) Segundo a médica entrvistada pela reportagem, por que se deve evitar a gravidez na adolescência?
8) Você tem projetos para o futuro? Que tal pensar em duas hipóteses:
a) Caso você resovesse se dedicar aos estudos, fazer uma faculdade ou curso técnico, como poderia ser o seu futuro?
b) Caso tivesse um filho agora, como seria o seu futuro depois disso?
c) Quais as atitudes que você poderia já começar a tomar  para alcançar o futuro desejado?
Você viu uma reportagem de jornal que trata das possíveis razões  que levam adolescentes a engravidar. Agora você vai ler o trecho de uma reportagem  da revista voltada para adolescentes que trata do mesmo assunto, porém abordando outro aspecto da questão. Que tipo de informação você acha que o texto trará?
“ Elas trocaram escola, garotos e baladas por enjoos, fraldas e mamadeiras. E contam como a gravidez transformou a vida delas “
Ficar grávida na adolescência é mais do que um susto : é uma mudança radical de vida ! Tudo fica diferente desde o corpo da garota até relações com o namorado, os pais, as amigas e principalmente com seu futuro . Para ficar mais óbvio : seis em cada dez garotas que ficam grávidas param de estudar . E dessas só 40% voltam para a escola após terem o filho ! E isso é só o começo . Ainda há o preconceito que a garota vai enfrentar e a frustração por deixar ao menos por um tempo, as festas, baladas e viagens com a galera para assumir um monte de novas responsabilidades. Nesta reportagem , você conhece quatro garotas que vivem estágios diferentes dessa história . Elas contam como é o dia a dia de quem é mãe, mas ainda tem a cabeça cheia de sonhos de menina .

Previna-se sempre!

Por mais que agora até curtam a ideia de serem mães, não é nada fácil por uma criança no mundo. Ficar grávida na adolescência significa pular ou, no mínimo, dificultar etapas importantes da sua vida, como se dedicar 100% a passar na faculdade, ser livre para sair e viajar com as suas amigas e paquerar bastante sem muito compromisso. Então, o melhor caminho é a prevenção. Consulte o seu ginecologista para saber qual o método anticoncepcional mais adequado para você. E nunca transe sem camisinha, que ajuda (e muito!)a evitar gravidez e ainda previne as doenças sexualmente transmissíveis. Até porque o corpo de adolescente não está totalmente preparado para receber uma criança, então previna-se e seja feliz! 
Estou grávida! E agora?

A primeira medida é contar o que está rolando para alguém em quem você confia. Essa pessoa vai ajudá-la a tomar decisões com mais calma. Pode ser uma amiga, uma prima, a sua tia… Seus pais também precisam saber. O mais comum é que eles se sintam tristes ao receber a notícia, mas, depois, ficarão ao seu lado. Também é essencial que você dê a notícia para o pai da criança. Por mais medo que tenha de que isso o afaste, o garoto tem o direito de saber, e você, de dividir essa responsabilidade com ele. Juntos, mesmo que decidam não continuar o namoro, vocês ficam mais fortes para enfrentar os desafios que virão e dar ao bebê o carinho que ele merece.

Capricho, São Paulo, nº 1097, maio 2010. página 84-88

A reportagem, assim como a notícia  e outros gêneros jornal´siticos tem o objetivo  de informar o leitor sobre um fato ou assunto de interesse.
Diferentemente da notícia, na reportagem não é preciso esforço do jornalista para se manter imparcial. Ele pode se posicionar mais explicitamente em relação ao que escreve. Também precisa pesquisar mais sobre o assunto, apresentar diferentes vozes, preferencialemnte de especialistas para compor o seu texto demodo a dar mais profundidade à informação analisando-a om cuidado.

1) De acordo com o texto o que acontece com as meninas depois que engravidam, em realção a:
a) escola
b) amizades
c) Família

Releia este trecho
[...] seis em cada dez garotas que ficam grávidas param de estudar. E dessas, só 40% voltam para a escola após ter o filho.

3) Você acha que quem opta por não voltar a escola está garantindo um futuro melhor para o filho ou não? Por quê?

4) Segundo o texto o que é preciso fazer para evitar a gravidez?

5) Que conselhoos o texto apresenta para as leitoras, caso elas estejam grávidas?

6) Onde foi publicada essa reportagem?

6) Para quem esse texto pode ter sido escrito, ou seja, quem é o público-alvo dessa reportagem?

7) No texto, há palavras como baladas, galera, paquerar, transe, camisinha, e rolando. Essas palavras sugerem que a linguagem é mais formal ou informal?

Argumentar é mais do qeu dar uma opnião: é justificar, sustentar, isto é, defender com argumentos para tentar convencer o ouvinte ou o leitor. Existem diferentes tipos de argumentos: apresentação de fatos que funcionam como exemplos; citação de opnião de pessoas importantes e /ou de daos de pesquisa: apresentação de valores e princípios; etc.

Existem vários métodos anticoncepcionais, alguns deles são muito falhos, mas há outros com uma margem de segurança maior: camisinha, pílula anticoncepcional, injeção de hormônio, DIU, etc. A combinaão de camisinha e pílula tem se mostrado a mais eficiente, pois, além de evitar a gravidez, protegeos parceiros de doenças sexualmente transmissíveis. Os postos de saúde  da rede pública distribuem camisinhas gratuitamente. No entanto só um médico pode dizer qual é o melhor método para cada pessoa.

Um comentário:

  1. The Lucky 8 Casino in Marrakech, OH - Mapyro
    The Lucky 의정부 출장안마 8 Casino in Marrakech, OH is a casino located in Marrakech, Ohio. 군포 출장샵 Nearby 삼척 출장안마 attractions: Harrah's, 천안 출장안마 Grand Circus, Pinochle, and 포항 출장샵 Pinochle.

    ResponderExcluir